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Moral e ética não são siameses

12 sexta-feira jul 2013

Posted by Marcos Venancio in Sobre jornalismo e jornalistas, Uncategorized

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ética, jornalismo, jornalista, moral

Dia desses uma notícia no portal que coordeno, o A TARDE, sobre um bebê atingido pela mãe com tesouradas, causou polêmica entre alguns colegas. O motivo? A foto do chinesinho, que se recuperou, depois da cirurgia.

O bebê chinês e as questões da disciplina Moral e Ética

O bebê chinês e as questões da disciplina Moral e Ética

Em outro caso, um vídeo sensual de uma cantora também foi criticado pela nudez. Entrava em cena, mais uma vez, o moralismo pequeno burguês e classe média. Até onde pode ir o jornalista nesses casos?

Haveria algum inconveniente em colocar uma imagem aparentemente chocante num portal? A meu ver, não, mas, para alguns, reproduzir fotos ou vídeos que milhares de portais também tinham fere princípios “morais” do jornalismo.

O que a maioria não percebeu é que a balança do poder entre o cidadão e o profissional de comunicação descompensou. Não cabe mais aos jornalistas, decidir o que o sujeito do outro lado vai ver ou não, baseado apenas numa moral difusa e pessoal.

O jornalismo perdeu o poder de decidir sozinho, baseado nos princípios morais do jornalista, o que sai e o que não sai. O cidadão agora é quem decide o que quer. Cabe a nós, profissionais da área, usar ferramentas para identificar isso.

O Analytics, do Google, é uma delas. E sei disso porque a notícia do bebê chinês foi a mais vista do dia (talvez até do mês). E a origem do tráfego era mundial, com acessos de internautas de todo o Brasil e de outros países.

Evidentemente há uma linha entre o que é ético e o que não é (e os programas marrons da TV brasileira mostram todo dia como ela é ultrapassada). A ética continua valendo, mas a censura moralista não tem mais vez.

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Sobre jornalismo, dribles e entrelinhas

08 sábado dez 2012

Posted by Marcos Venancio in Sobre jornalismo e jornalistas

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jornalismo, poder, status quo

O noticiário bizarro e sensacionalista gera, quase sempre, os grandes sucessos de audiência dos portais de notícia mundo afora. Neste momento, no G1, por exemplo um dos mais vistos é: “Funcionária de cruzeiro de luxo é atacada por crocodilo enquanto aproveitava dia de folga”

Tudo bem, é uma notícia copiada do The Sun e esses caras são bons em manchetes sensacionalistas. Mas por que será que o portal da Globo não destacou um de seus links mais vistos? Os motivos podem ser vários, mas um deles, com certeza, chama-se “sabemos ler as entrelinhas”.

Bizarrices…

Recentemente, uma notícia me chamou a atenção num portal aqui da Bahia: “Nicole leva 1º corno pós-reconciliação com Victor Ramos”. Com certeza estava entre os campeões de audiência naquele momento. Será que o internauta quer mesmo esse tipo de “notícia”? A julgar pelos page views, sim.

Voltando à resposta do segundo parágrafo sobre as tais entrelinhas, ela está no Iambito da “vergonha” do jornalista de usar esse tipo de noticiário. A questão é: isso não é jornalismo, mas entretenimento barato para plateias específicas. Funciona num primeiro momento, atrai a atenção de muitos, mas, desculpe o trocadilho, não dura.

O status quo tem uma tríade: Comércio, Informação e Entretenimento. O primeiro gera a renda que paga os outros dois. A informação leva o sujeito para o terceiro. O entretenimento doura a pílula dos dois primeiros, lubrifica a ganância do comércio e a aspereza da informação.

− Vídeo do autor sobre internet e poder

E por isso é tão descartável: num dia é o corno dado em alguém, no outro o show de Madonna no Brasil. Abre espaço até para a arte (entretenimento≠arte e Carla Perez≠Tom Jobim), para retroalimentar o comércio e a indústria da informação. As três pernas sustentam o mundo das corporações.

Entretenimento bizarro, sensacionalista e inútil cumpre seu papel na manutenção do status quo. Não tem ideologia, porque está a serviço da manipulação. O papel do jornalista (analógico ou digital) é saber disso. Durante a ditadura, escrevíamos nas entrelinhas para driblar patrões e censores.

Estamos como o futebol brasileiro: desaprendemos o drible e passamos a jogar feio.

Marcos Venancio Machado trabalha com jornalismo digital desde 1995, já criou portais e no momento coordena a implantação de internet TV. É também consultor para a área.

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Sons e imagens não estão mais a serviço do texto

05 quarta-feira dez 2012

Posted by Marcos Venancio in Sobre jornalismo e jornalistas

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imagem, jornalismo, pignatari, texto, vídeo

PignatariO poeta Décio Pignatari, que morreu recentemente, colocava o conteúdo de uma lado e a forma do outro. É sempre mais fácil discutir o conteúdo do que entender se determinada manifestação é boa e bem feita ou não. Pignatari foi um dos expoentes da poesia concreta e sabia muito do que falava e escrevia.

No jornalismo dessa era multimídia, que ainda não superou a justaposição de texto, áudio, vídeo etc., a maioria de nós continua pensando em um ou outro isoladamente. Dando consultoria nesta área há muitos anos, percebo que o problema está no condicionamento a que foram submetidos os jornalistas.

A tecnologia está aí e pode ser usada, mas quem sabe disso? Nos grandes portais de notícias, as diversas linguagens estão lá, estanques, separadas. E a coisa piora quando se percebe que muitos de nós começamos pelo texto e permanecemos nele, apesar de tudo que mudou. Privilegiamos o conteúdo à forma, como apontou Pignatari.

Tradicionalmente, sons e imagens foram colocados a serviço do texto. Deusa maior de quase todas as culturas ocidentais, a palavra sempre esteve no primeiro degrau do pódium. A literatura era a arte maior, o escritor, o rei do pedaço. Restava aos pintores e músicos o lugar dos “exóticos”.

Mas o ciberespaço exorbitou, lançou no mercado um novo público criado à sombra da arte digital e expôs a incongruência da separação das mídias. No caso da narrativa jornalística, o público quer mergulhar na notícia, enxergar o visual de vídeos e imagens, ouvir, compartilhar e interpretar o texto.

Deixei o texto por último no parágrafo de cima aleatoriamente, porque não há ordem ou primazia de um ou de outro. As barreiras ao jornalismo integrado que esses tempos digitais cobram não estão nas tecnologias ou no investimento das empresas, mas na capacidade de reinvenção do jornalista e do estudante.

PS: Ao idealizar uma notícia, não corra pro bloquinho ou notebook. A informação pode ser contada com imagens, quando estas forem mais explicativas, completadas com o contexto, e aí a palavra é genial. Se houver emoção, um vídeo ou locução podem ser eficientes, e a participação do usuário final pode vir das redes.

Link para consultar
Jornalismo multimídia online desafia rotinas e valores da profissão e da sociedade

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Consumidor de informação não liga pra convergência

08 segunda-feira out 2012

Posted by Marcos Venancio in Sobre jornalismo e jornalistas

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abragencia, convergencia, jornalismo, tecnologia

Convergência. Eita palavrinha da moda no jornalismo! Mas o que será que é mesmo convergência?

Convergência

Convergência

Para responder, é preciso fazer como Jack Estripador: vamos por partes. Se pensarmos em convergência tecnológica, podemos dizer que “é um termo que, de uma maneira geral, é utilizado para designar a tendência de utilização de uma única infra-estrutura de tecnologia para prover serviços que, anteriormente, requeriam equipamentos, canais de comunicação, protocolos e padrões independentes”. Simples assim, porque está na Wikipedia.

Por esta ótica, tem gente achando que o jornalismo vai acabar inteiro nos portais de internet. Texto, foto, vídeo, infografia e o escambau. Será? Ninguém sabe a resposta. O gráfico mostra que uma nova mídia aparece sempre com uma curva apontando pro céu, mas com o correr do tempo as linhas vão de alguma maneira convergindo (olha aí de novo a tal da convergência). A informação original está em Horizontalidade, novas mídias, informação e comunicação, de Marcos Luiz Mucheroni.

Mais o que é que esse gráfico tem a ver com jornalismo? A resposta é curta: Nada. Essa é uma confusão de convergência de mídias. Sobre isso o ex-Globo José Bonifácio de Oliveira, o Boni, deu uma entrevista pra Folha desbancando o termo convergência e levando a conversa pro lado da abragência. Veja aqui a entrevista.

Pro jornalismo, o que valem são as linguagens. E aí, malandro, texto é texto, TV é TV e fotografia é fotografia. Alguém me explica aí como elas vão convergir? Não vão, mano. O que o sujeito que escreve pra jornal vai poder fazer é dar um plus pra quem está lendo e acrescentar em algum lugar a informação: “Quer ver um vídeo sobre esse assunto? Clique aqui”.

Já o cara do vídeo pode acrescentar um layer  que indique: “Leia mais sobre esse assunto aqui”. Simples assim.

Convergência e abrangência são assuntos pros gerentes, não pros jornalistas. Para os editores, o que interessa é aumentar o nível de informação de seu público e oferecer outras linguagens. O portal não precisa de chamada no jornal e o jornal não precisa de um leia mais na internet. Quem precisa disso é o usuário dessas mídias, para enriquecer sua experiência informativa.

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Não faça do seu fêicebuqui um panfleto eleitoral

19 quarta-feira set 2012

Posted by Marcos Venancio in Sobre jornalismo e jornalistas

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eleicao, jornalismo, politica, propaganda

As redes sociais estão expondo nesta eleição a nova cena em que se move o jornalismo. Há cabos eleitorais postando propaganda como se fosse notícia e funcionários indicados ou contratados por partidos reproduzindo no fêicebuqui e twitter a poluição visual em que se transformaram as cidades. Também há os ingênuos que acreditam, é claro, numa ou noutra proposta ou em partidos.

Propaganda na rua e na internet

Propaganda na rua e na internet

Lembrei de um post antigo de Jorginho Ramos no FB para um jovem jornalista não expor sua imagem. Sinceramente, não sei como será daqui pra frente, mas é preciso uma reflexão. Não sairemos incólumes das redes, creio. Antigamente vendíamos nossa força de trabalho, mas não havia a exposição desses tempos pós-modernos e pelo menos pros de fora preservávamos a consciência.

Aninha Franco, em seu perfil no FB, botou o dedo numa ferida e terminou acertando em cheio nos que usam versões para explicar o mundo. Mas o mal não vem sem o bem do lado. As redes sociais tiram a todos do anonimato das antigas assessorias. O jornalismo-assessor brasileiro nunca copiou o modelo americano do porta-voz. Assessorávamos mas não mostrávamos a cara ao tapa. Agora mudou.

*Marcos Venancio Machado não acredita em partidos (só em alguns inteiros), em salvadores da pátria, tiranos ou governos de qualquer matiz.

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Contra a barra pesada use a inovação

06 quinta-feira set 2012

Posted by Marcos Venancio in Sobre jornalismo e jornalistas

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associação mundial de jornais, jornalismo, tendencias, wan

Capa do relatório

Capa do relatório

A Associação Mundial de Jornais (WAN, na sigla em inglês) publicou nesta quinta-feira o relatório “Tendências nas Redações 2012”. O documento foi dividido em sete capítulos que relacionam tópicos como evolução das redações, apps, modelos de negócios digitais, mídia social, como impulsionar o engajamento do leitor, questões éticas para as redações e aprendendo com a competição.

O fato é que a (re) evolução digital segue célere e as tarefas de jornalistas, editores e redações estão mudando na mesma velocidade. Um editor atualmente precisa concentrar seu tempo e esforço para a elaboração de conteúdos digitais e relacionamento nas mídias sociais, enquanto continua produzindo um produto impresso em papel de alta qualidade.

A barra está pesada para o jornalista e única maneira de aliviá-la é focar na inovação sem deixar de acompanhar o desenvolvimento do jornalismo provocado pelos novos atores, incluindo jornalistas cidadãos, blogs e, claro, a informação que brota como vulcão de redes como Twitter, Facebook, Pinterest e outras.

O PDF do relatório é restrito a membros da WAN, mas você pode tentar aqui ⬇
Trends in Newsrooms 2012

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Sem os humanos não tem jeito, baby

07 quinta-feira jun 2012

Posted by Marcos Venancio in Sobre jornalismo e jornalistas

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ciências humanas, gay talese, jornalismo, sucateamento

Você sabe o que é sucateamento?

Sucateamento de gente

Sucateamento de gente

Não, não tem nada a ver com não renovar equipamento, deixar máquinas estragando, sem reposição. Também não é tirar peças de um lugar para remendar outro. Sucatear, numa empresa, corporação ou grupo social, é se privar dos melhores, é se livrar de gente com a desculpa de que é preciso cortar para evitar o… SUCATEAMENTO.

Pois é. É assim que a alguns grupos fazem para se livrar de uma crise de momento e terminam afundando mais e mais na própria lama que geram. Porque quando tudo parece estar pra lá de Bagdá, quando o galo não canta, quem faz a diferença é o ser humano. E quanto mais conhecimento e experiência tiver, melhor.

Gente é o lugar
De se perguntar o um

Gente, Caetano Veloso

Basta uma olhada nos enunciados do livro “Os elementos do jornalismo”, de Bill Kovach e Tom Rosenstiel, para entender porque o fator humano é tudo:
1) A primeira obrigação do jornalismo é com a verdade.
2) Sua primeira lealdade é com os cidadãos.
3) Sua essência é a disciplina da verificação.
4) Seus praticantes devem manter independência daqueles a quem cobrem.
5) O jornalismo deve ser um monitor independente do poder.
6) O jornalismo deve abrir espaço para a crítica e o compromisso público
7) O jornalismo deve empenhar-se para apresentar o que é significativo de forma interessante e relevante.
8) O jornalismo deve apresentar as notícias de forma compreensível e proporcional.
9) Os jornalistas devem ser livres para trabalhar de acordo com sua consciência.

Não é questão de discurso, mas de prática. De nada adianta dizer A e fazer B. Quando a porca torcer o rabo, sem os humanos sucateados lá atrás, não vai ter mais jeito, baby!

Casos recentes
O sucateamento da Rádio Eldorado pelo Grupo Estado
O desmonte da Cultura em São Paulo – a música sucateada

Sobre o futuro
Um novo jornalismo é possível…
The Impact of the Internet on Journalism: An Examination of Blogging, Citizen Journalism, and a Dot.Com Solution for the Online Edition
Fama e anonimato, de Gay Talese (nas livrarias)
Os elementos do jornalismo, de Bill Kovach e Tom Rosenstiel (nas livrarias)

* Esse é um texto de ficção. Qualquer semelhança com pessoas, entidades ou grupos atuais é mera coincidência.

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“Guardar pra amanhã” não existe mais no jornalismo

24 quinta-feira maio 2012

Posted by Marcos Venancio in Sobre jornalismo e jornalistas

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integracao, jornais, jornalismo, televisao

Encontrei esta semana com dirigentes de portal de vídeos. Seus nomes não serão revelados para preservar suas identidades num meio em que a crítica geralmente desce a níveis de programa “mundo cão”. A primeira observação do rapaz foi, ante a visão de uma rotativa imprimindo, “aquele mundo ali morreu e ainda não percebeu”.

Rotativa de árvores

Rotativa de árvores

Concordei, mas não queria. Sei que muitos jornalistas, principalmente os mais velhos, acreditam que aquela boca enorme que come árvores todos os dias vai sobreviver e encontrar seu nicho neste mercado capitalista da comunicação. Estão errados e não acho correto abrir polêmica com eles, até pela importância histórica que carregam.

Mas não dá pra não escrever sobre o problema dos impressos, principalmente em um momento em que a própria televisão também dá sinais de cansaço. Alguém já notou que nos telejornais e programas jornalísticos tem sempre um chat com especialista anunciado após a notícia?

Um dia desses William Bonner, ao final da nota e do JN, avisou que aquele assunto continuava no site. É como dizer: “Não assista a novela que vem a seguir. Vá pro nosso portal saber mais”. A mídia TV mandando você trocar para a mídia internet. E sem medo de perder.

Record e o público teen...

Record e o público teen…

As demais redes correm atrás e seus portais já incluem os finados “furos” dos programas que virão a seguir na programação. Ninguém quer perder a audiência dos milhões de brasileiros que estão nas redes e a cada dia têm uma banda larga maior ainda para assistir vídeos e filmes. Mas nos jornais e revistas, o processo é mais difícil.

Band e o "agora"...

Band e o “agora”…

A maioria dos jornalistas de jornal acredita que aquilo ali é “o jornalismo”, na clássica confusão entre criatura e criador. Jornalismo é criador, impresso é criatura, viu? Há veículos que vetam a utilização de alguns conteúdos em seus portais de internet, sob a falsa premissa de que é possível reservar para o jornal o que todo mundo já sabe hoje.

O diagnóstico é muito específico, embora não revele marcas. Integração, uma palavrinha bonita, é pouco entendida por jornalistas e produtores de conteúdo. No impresso, seria a capacidade de informar seu leitor que há mais daquele conteúdo num determinado portal, como faz o Jornal Nacional, o da Band e o da Record à noite.

Globo TV

Globo TV

Definitivamente, não dá mais pra “guardar pra amanhã” a notícia que essa garotada de hoje já encontrou nas redes, blogs e portais. Quem pensa assim não percebeu que a poderosa Rede Globo criou a globo.tv —> http://globotv.globo.com/ <— e já passa jogo ao vivo que nem seus canais abertos estão passando.

Logo eles estarão ao vivo no portal e cada um vai ver onde for mais prático. Já os impressos…

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“Na internet tem mais joio do que trigo, jornalista precisa triar…”

09 quarta-feira maio 2012

Posted by Marcos Venancio in Sobre jornalismo e jornalistas

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O curso de Comunicação da Faculdade Social promoveu esta semana um debate sobre jornalismo político. Os palestrantes foram os jornalistas Paixão Barbosa, ex-coordenador da Agência A Tarde, atualmente diretor de jornalismo da assessoria de comunicação da prefeitura de Salvador, e Marcos Venancio, este escriba, ex-repórter de política e atualmente metido com vídeos, internet e redes sociais.

O evento fez parte do programa “Café com Prosa”, incentivado pela coordenadora do curso de Comunicação, Jussara Maia. Teve transmissão via Twitcam, com a professora Tatiana Lima, mediação da professora Bárbara Souza e participação de três dezenas de estudantes.

Paixão falou de sua experiência na cobertura política, criticou a reportagem focada só na declaração da fonte…

Jornalista político fica preocupado com quem disse o quê…

…e fez a plateia se envolver no debate. A questão do duplo emprego também foi abordada e criticada. Paixão disse que em política, principalmente, não é ético ser assessor e repórter ao mesmo tempo.

Waldir em campanha, 1986

Waldir em campanha, 1986

O jornalista também falou da cobertura da eleição ao governo da Bahia de 1986, que opôs Josaphat Marinho e Waldir Pires…

Contava linhas e media fotos para que os 2 candidatos tivessem o mesmo espaço

Já o escriba aqui, influenciado pela lida atual, deitou falação sobre internet e meteu a política no meio. Lembrou casos recentes nas redes sociais, como a veiculação no Facebook de notas contra um deputado do DEM que apesar de ter se declarado a favor das cotas, contra a posição do partido, foi acusado de ser a favor. E não se defendeu…

Para exemplificar a importância das redes, lembrou a mancada do deputado Roberto Freire (PPS), que postou no Twitter, pensando ser verdadeira, informação do site g17.com.br de que Dilma teria autorizado a troca dos dizeres “Deus seja louvado” na nota de 50 reais por “Lula seja louvado”.

E aí Paixão arrematou o título da manchete lá de cima…

Na internet tem mais joio do que trigo, jornalista precisa triar…

O papo abordou ética, crise da imprensa, conselho regulador para o setor, perspectivas de salário, posicionamento político dos veículos e outros temas. Preocupado com o que ia dizer, este jornalista-palestrante esqueceu de anotar o resto. Por sorte o núcleo de TV da faculdade gravou em vídeo. Em breve ele será postado aqui.

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Mídia passiva já é caso de velório

03 quinta-feira maio 2012

Posted by Marcos Venancio in Sobre jornalismo e jornalistas

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futurologia, jornal, jornalismo, modelos, publicidade

A time line dos impressos já foi feita. Há menos de dois anos, o mapa mundi abaixo fazia uma estimativa da sobrevida dos jornais mundo a fora, mas parece que a previsão era muito otimista. Projeções atuais apontam para o “florescimento” da indústria, mas em outras plataformas e com outros modelos de receita que devem ir além das tradicionais de assinatura e publicidade.

Mapa mundi da extinção dos jornais impressos

Mapa mundi da extinção dos jornais impressos, de 2010

O gráfico abaixo, do portal Trends in the Living Networks, aponta para esses novos modelos. Está claro que muitos desses novos formatos de receita estarão baseados nos consumidores da informação. A era do anúncio autosuficiente está findando. Os recursos deverão estar dispersos nos conteúdos multimídia.

Media revenue models

Media revenue models

A era das redes sociais está apenas no começo. Mudanças ainda virão e a consolidação do jornalismo cidadão virá junto com a transformação do tradicional mainstream das empresas de mídia num produto muito semelhante ao produzido nas redes. Uma certeza está no horizonte: a maioria das pessoas vai escolher a informação que quer, seja texto, vídeo, infográfico ou áudio, através das opiniões coletivas de suas redes pessoais. A ida à banca de revista vai ser coisa do passado.

O gráfico lá de cima, de 2010, vai parecer peça de museu daqui a menos de cinco anos. E o prazo deve ser esse porque a chamada mídia passiva já é caso de velório. Entre os que têm menos de 25 anos, o consumo de noticiário já envolve partilha e conversa com amigos e seguidores. Em breve eles terão 30 e estarão no comando.

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