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Zuckerberg e a entrevista fictícia
O repórter recebe uma denúncia de que Mark Zuckerberg foi preso furtando um pacote de MMs numa loja de conveniência. Na era da informação rápida, o que faz? Publica rapidamente uma nota em seu blog, avisando que logo terá mais informações, ou telefona para a delegacia e pergunta ao delegado se há confirmação da “notícia”?
O nariz de cera acima foi necessário para discutir uma “notícia” republicada por centenas de blogs nestas segunda e terça-feira, a partir de “reportagem” do site de humor g17, de que Zuckerberg teria dito à CNN que “está triste com o comportamento dos brasileiros na rede social Facebook”.
– ‘Se por um lado, os brasileiros fazem o Facebook crescer, por outro estragam tudo’, disse Mark Zuckerberg.
O jornalismo está em cheque, segundo alguns mais apressados, mas o fato é que nunca foi mais promissor que agora. A era dos amadores que pensam que podem ser jornalistas não tem futuro. Os blogs dessa galera desinformam e multiplicam barbaridades como a falsa entrevista do fundador do Facebook.
Podem funcionar para alguns, como a fofoca boca-a-boca de antigamente, mas não servem para quem precisa tomar decisões com base em fatos. O verdadeiro jornalismo é ainda mais necessário nesta época da “informação online”. Os jornais impressos estão numa encruzilhada, mas o jornalista profissional é cada vez mais necessário.
Fico me perguntando o que é pior: reproduzir a notícia sem sequer ter lido, ou reproduzir porque concorda e endossa os absurdos presentes nela.
Fernando, desculpe pela demora na resposta. Creio que o pior é reproduzir sem checar, porque é coisa de gente comum, geralmente do bem. Os que fazem intencionalmente, sabendo que é mentira, já são FDP mesmo.